AMOR
Eu sou um órfão
Sem pai, sem mãe, sem dono
cercado por uma selva impenetrável.
Mas as picadas abrem caminhos
por dentro de mim
e de certa forma me deixam vulnerável
a tudo e a todos.
Meu pulsar não é mais o mesmo.
Sentimentos, emoções se misturam
com meu sangue frio e calculista.
Minha aurora, de sombria
Passou a ser cada vez mais clara.
A tristeza que me despedaçava
Já não mais me agoniza.
Não sei qual é meu problema,
Algo que na conheço.
Isto me intriga e ao mesmo tempo me fascina,
é mortal e me dá vida, transforma-me,
toma-me como quem possui o ar, a água,
o fogo que descongela as pedras de gelo
que cismam em permanecer dentro de mim.
Amor és o seu nome, substantivo que produz eco
Nas minhas cavidades.
Eu, coração, agora palpito de felicidade,
Palavra que não conhecia
Mas aprendi a amar
Assim como os pais que nunca tive.
Fábio Santana Nunes (Ano 1995)
Publicado no livro “Vidas Passadas no Papel”
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
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